Archive for fevereiro, 2010

Problema crônico?

fevereiro 18, 2010

Em 2008, pouco antes do final do ano, eu ainda namorava uma garota a qual eu amava absurdamente. Mas infelizmente o namoro não estava nada bem, então terminamos.

Passou-se o ano e eu estava melhor, mas ainda com “medo” de relacionamentos e um pouco enferrujado com relação a approachs. Como resultado da soma desses 2 fatores, eu fiquei praticamente 4 meses sem ficar com uma única mulher. Ia pra bares e baladas como sempre fiz, conhecia diversas pessoas, mas ainda assim não sentia a mínima vontade de levar adiante. Nem mesmo um beijo.

Foi então que, após 4 longos meses, eu comecei a vida de solteiro ativo. Confesso que exagerei um pouco no título de solteiro-to-me-fudendo-pra-tudo (desculpa a linguagem) e comecei a ser meio egocêntrico e a pensar em meu próprio benefício, apenas satisfazendo minha vontade de “pegar” as mulheres sem ao menos importar o que elas sentiam ou queriam comigo. Posso até ter magoado algumas, mas a culpa nunca foi delas.

Nesse período inicial eu estava bem (como dizem no linguajar popular) galinha.

Passado alguns meses, eu tinha me dado conta de que tinha ficado muito diferente do que eu costumava ser. Eu não era nenhum santo, mas não ficava com mais de duas em balada. E o número 2 era um número BEM raro.

Mas após o meu último namoro eu fiquei totalmente diferente. Já não estava nem ai pros meus valores morais. Já não pegava telefone e às vezes nem o nome eu sabia. Eu realmente não queria papo. Até alguns amigos meus reclamavam e falavam que eu era idiota, que podia pegar o telefone ou algo assim pra tentar sair mais com a mina.

Entre tantas mulheres (não querendo me gabar nem nada, mas teve um número bem razoável de mulheres com quem fiquei) cheguei a conhecer algumas sensacionais. Tanto no quesito físico, como na personalidade. E mesmo há mais de um ano sem ninguém e conhecendo tantas mulheres maravilhosas, eu não consegui me apaixonar ou ao menos querer algo sério.

É como se eu tivesse alguma barreira, algo que impeça o meu corpo de aceitar qualquer tipo de relacionamento.

Não sei o que se passa, mas é como se eu tivesse medo de relacionamentos. E não seria estranho este ser o principal motivo, já que meu último namoro me fez sofrer muito. Não só eu, ela também. E isso fez com que eu, provavelmente, criasse uma muralha contra todo aquele sofrimento sentido e causado.

De fato, não quero nunca mais passar por todo o sofrimento.

Sabe qual o pior disso? Que apesar de ter as vantagens de não dever explicações e satisfações, de ter que se preocupar com o que a mulher quer, com agradar, com concordar, ouvir e tudo mais, eu ainda assim sinto falta de poder me apaixonar, de poder amar alguém. De ter aquela intimidade que só é possível entre dois amantes.

Parece que esse Iudi que existia há alguns anos atrás, que gostava de se apaixonar, de amar, de se envolver, aquele que era facilmente levado pela paixão do momento, já não existe mais. Ou talvez até exista, mas não vai voltar tão cedo. Hibernou.

Agora o que acontece é que eu estou em uma solteirisse crônica. Solteirisse que me fagocitou e não quer soltar mais.

Mudança de planos.

fevereiro 11, 2010

Cá estava eu, em meu MSN, conversando com uma amiga sobre seu relacionamento e os erros de seu namorado. E com esta conversa eu começo a pensar em meus antigos relacionamentos, meus atuais, e como serão os futuros. Além deu começar a pensar nas inúmeras conversas que tive com amigos (as) que reclamavam de seus relacionamentos, de como o outro era errado, imperfeito, chato, ignorante, egoísta, hipócrita, entre outro adjetivos.

Na maioria dos casos, as pessoas sempre colocam a culpa no outro, pois não analisam o ponto de vista oposto. Sempre dizem: “Ela que venha atrás, ela que errou. Eu não vou ficar ligando se ela é estúpida!”

Mas será que ela é a culpada?

Muitas vezes, se queremos que o relacionamento com outros indivíduos sejam melhores, temos que começar a olhar para nós mesmos. Temos que analisar nosso comportamento, pois o problema pode estar no nosso jeito de agir.

Quando eu estou em casa, eu sei que não sou o filho perfeito e nem sou super educado e comportado. E por isso não posso reclamar do meu relacionamento familiar, pois ele não é o melhor. Em grande parte por minha causa.

E em um relacionamento amoroso anterior? A mesma coisa. Sei que ex namoradas é quem nós sempre culpamos, mas na realidade sei que no fundo, eu também fui orgulhoso, cabeça dura, grosseiro, desatento, descuidado, entre outras coisas.

Mudar é preciso. E o que não falta são coisas que podemos mudar.

Se der um abraço a mais, um oi, um beijo, um sorriso, uma piada, ou até um tapinha nas costas, não vai matar ninguém. E isso pode mudar de pouco em pouco uma relação com todos.

Se deixar de ser orgulhoso, ciumento demais, implicante, grudento, seu namoro poderá durar muito mais e sem brigas desnecessárias.

E pensar que mudar não é preciso, é simplesmente um grande erro.

Mudar não vai fazer de você uma pessoa completamente diferente, não fará você perder seu caráter, sua personalidade.

Mudar vai fazer com que você evolua. Pois mudarmos para corrigir nossos defeitos, é um sinal de evolução E inteligência.

Temos que evoluir.

Para uma vida melhor, vou mudar. E espero que todos mudem sempre.

Eu não queria ser publicitário.

fevereiro 9, 2010

Quando somos crianças, não temos muita noção do que o mundo nos reserva. Apenas imaginamos que ele será moldado aos nossos desejos e sonhos. E era assim que eu, um pequeno japinha de aproximadamente dez anos, pensava.

Em minha infância tive diversas projeções de meu futuro. E é engraçado ver como tudo me fez chegar ao curso que faço. E não qualquer outro que eu tenha imaginado quando mais novo.

Eu sempre fui curioso e apaixonado por tudo. Mas minhas paixões eram passageiras e repentinas. Tudo o que eu queria fazer, eu me apaixonava, mas não durava muito tempo. Ou algo me fazia desistir daquela ideia.

O primeiro sonho desse menino nipônico era ser um grande jogador de futebol. Mas com o tempo, fui percebendo que não era bom o suficiente. Eu era sempre o segundo melhor ou perto disso. Mas o melhor em sim eu não era. Então desisti deste sonho.

Pouco tempo depois eu vi que gostava muito de desenhar. E que me dava bem nas aulas de Educação Artística no colégio. Então? Decidi ser arquiteto, pois não conhecia nada sobre profissões. Pois senão teria escolhido Design Gráfico, ou algo parecido. Mas assim que descobri que tinha que usar muita matemática e física eu simplesmente desisti.

Descobrindo que eu gostava de química no colégio, mas apenas da orgânica, eu então decidi ser igual o meu tio. Decidi que queria fazer bio-química e trabalhar num laboratório criando remédio e coisas assim. Da pra acreditar? Nem eu consigo.

Então cheguei ao terceiro colegial, e precisava decidir o que fazer.Não sabia se prestava arquitetura, engenharia, artes plásticas, administração, ou qualquer outra coisa. Mas não consegui decidir por nada e prestei Administração na USP, já que é o que qualquer pessoa que não sabe o que fazer presta na faculdade.

Fui e fiz o vestibular de qualquer jeito, pois não queria aquilo. Obviamente não passei.

Passaram as férias. Comecei o cursinho sem saber o que fazer.

Mas então, foi neste ano que tudo começou a fazer sentido para mim.

Fui em um churrasco da Márcia, irmã do Marcelinho. Sendo que eu fui de perdido lá e penetra. Comecei a beber com o pessoal e então, a Gika, veio falar com o Didi e eu para que pudéssemos ajudá-la com um trabalho que ela estava fazendo. Ajudamos e perguntamos porque ela estava fazendo aquilo. Foi então que comecei a conversar com ela e ela foi contando tudo o que fazia, onde estudou e tudo mais. E assim eu me apaixonei por publicidade de certa forma.

Meses depois, fui para uma palestra dada pelo Etapa, sobre carreira. Eu escolhi a de administração e de publicidade. Foram legais, mas gostei mesmo da de publicidade.

E assim, eu resolvi procurar qual era a melhor faculdade de Publicidade de São Paulo. Segundo o MEC, era a ESPM. E assim, acabei entrando na ESPM.

É engraçado como todos nós pensamos em diversas carreiras e caminhos que queremos trilhar, mas com o aparecimento de pessoas, detalhes, obstáculos, nós simplesmente vamos mudando até chegar onde estamos.

Se não fosse pelo churrasco que fui de última hora e tivesse conhecido a Gika, eu não estaria nessa área.

É eu não queria mesmo ser publicitário, mas agora eu quero!

Gélido

fevereiro 5, 2010

Timidez, nervosismo e falta de autoconfiança. Essa foi a fórmula perfeita para um fracasso com seu primeiro amor.

Uma menina tão linda, de olhos azuis, cabelos dourados e um corpo digno de elogios.

A qual aquele garoto novo que entrou no colégio já foi logo conquistando com sei jeito aventureiro, descolado e desencanado. Fazendo com que a aproximação do jovem apaixonado fosse impossível, principalmente porque o garoto novo se tornou seu melhor amigo. Mas isto é um mero detalhe.

Os três anos de paixão compensaram, mesmo que momentaneamente. O jovem conseguiu seu primeiro beijo. Um beijo molhado, bagunçado, mas não menos mágico. E este beijo, por mais estranho que seja, se deve ao fato de seu melhor amigo, e concorrente, ter saído do colégio.

Mas ainda assim era um fracasso. Porque o jovem teve apenas este beijo e nada mais. A garota por quem foi apaixonado tanto tempo, não quis nada além de um beijo de compaixão.

Um ano se passou e o jovem trocou de colégio. Não queria, mas teve que ir. Forças superiores, vulgo pais, o obrigaram para ter uma vida estudantil melhor.

Em seu novo colégio não podia ser diferente. Fez novos amigos e conheceu novos professores.

Mas algo inevitável lhe aconteceu. Apaixonou-se novamente. E como era de se esperar, ele foi recusado novamente, pois não teve a coragem de se declarar para a menina de quem tanto gostava.

Chorou até secar-se de lágrimas. Ficou por horas deitado em sua cama, abraçado ao travesseiro.

Ficava se perguntando o porquê dele nunca conseguir alguém. Porque outros conseguiam e ele não. Porque ele tinha que sofrer tanto.

Anos foram se passando e de tempos em tempos ele se apaixonava. Era um verdadeiro romântico. Sempre encontrava uma mulher digna de sua admiração, sua paixão e seu amor.

Infelizmente, as poucas que tiveram a oportunidade de dividir estes sentimentos com ele, não foram bem sucedidas em construir uma relação duradoura e sólida.

Suas falhas amorosas, seus constantes fracassos, e a sempre presente rejeição o fizeram cada vez mais confuso e frustrado.

Hoje ele já não entende.

Não sabe o porquê, mas simplesmente aceita. Contenta-se.

Não agüenta ter que ficar sofrendo e se arriscando o tempo inteiro. Se convenceu de que nunca achará ninguém.

Ele já não consegue sentir nada por ninguém. Não possui sentimentos.

Tudo o que lhe resta é um pedaço de gelo no meio do peito.