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Amor ou paixão?

novembro 6, 2009

“Entre homens e mulheres que acham que

O AMOR É SÓ POESIA,

tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.

Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.

O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!

Um bom encontro aos que procuram!

E felicidades a todos nós!”

Artur da Távola


Ao ler esse trecho, e ter uma pequena discussão há algumas semanas com as meninas aqui da Sunset, lugar onde trabalho, cheguei a pensar: “O que é amor? O que é paixão? Quais as diferenças?”

E tendo isso em mente, resolvi escrever minha visão sobre isso.

O amor é algo complicado. Lembro-me de ter escrito, quando mais novo, um texto sobre paixão e amor na minha visão de adolescente. Hoje não sou nenhum cara muito vivido, mas já passei por muita coisa comparada com aquela época.

Hoje sei, que paixão e amor são duas coisas diferentes, e que podem se complementar ou não.

Como assim?

O amor é composto por milhares de variantes, assim como Artur da Távola já disse, o amor por si próprio não se sustenta. Tem que haver outros fatores como respeito, discernimento, um lado racional, confiança, lealdade, amizade, transparência, entre outras mil coisas.

Não é só querer transar, beijar, ver a pessoa e gostar da sua presença, mas viver brigando e ser infeliz na maior parte do tempo. Ter um relacionamento onde você não consegue confiar no outro, nem muito menos viver sob o mesmo teto.

Quantos casais nós vemos todos os dias, que reclamam de ter brigado por omissão de fatos da parte do outro, de desconfiança, e que brigam diariamente por todos os tipos de besteiras, mas que ao mesmo tempo dizem se amar profundamente. Ou casais que estão juntos há anos e dizem se amar, mas quando convivemos com eles, conseguimos ver que há uma relação ótima, no quesito convivência, mas que já não há mais o amor em si, aquele amor poético e fantasioso completando o racional, o lado harmonioso da convivência.

Já a paixão, é aquela sensação de queimação, de inquietude, ansiedade, dor no peito. Vontade de agarrar e não largar mais. Ter um ciúme absurdo e querer que aquela pessoa seja sua, independente do resto. Fazer loucuras para poder vê-la e quebrar barreiras da sanidade e do moralmente correto, se isso levar a conquista da pessoa por quem se está apaixonado, ou se pelo menos levar a tê-la ao lado. Não medimos esforços para nada. Não importa se há uma chuva torrencial e seu guarda-chuva ficou em casa, se você tem que percorrer quilômetros com os pés descalços em uma rua de pedras ou se você tem que dormir na sarjeta para poder ver a pessoa no dia seguinte.

Lendo tudo o que eu disse anteriormente, acho que já da para saber a diferença entre os dois.

A paixão é o lado mais impulsivo, irracional. Aquele lado em que a emoção está à flor da pele.

O amor é o lado racional, onde há logicamente o emocional junto. É a harmonia entre os dois. Algo construído, embasado, e estruturado em cima de diversos fatores. Inclusive a convivência.

Mas nem por isso, uma ótima relação não possa passar da paixão para o amor, e durante o amor a paixão não possa voltar.

Mas o mais importante de tudo é perceber que não se pode confundir o amor com a paixão.

A paixão acaba. O amor não.

A paixão é muito boa. O amor é melhor ainda.

🙂 bye